Muitos
se questionam por que o salário recebido no começo de mês não dá para pagar as
contas? As dívidas são, em muitos dos casos, maiores que o orçamento. Uma
incompatibilidade ou um desequilíbrio entre orçamento e despesa.
Equacionar
orçamento e despesa naturalmente é o maior desafio entre as pessoas. Por vezes
não observamos que o pagamento recebido deve andar junto com as necessidades e
não as necessidades estarem à frente do orçamento. É preciso entender que assim
como uma empresa, seus proventos recebidos ao longo de um mês de trabalho
precisam ser geridos de forma organizada, e, sobretudo controlada. O controle
financeiro é a melhor forma de se adquirir sucesso nas finanças domésticas.
Assim, segue abaixo o que não se deve fazer, e o que se deve fazer.
O que não se deve fazer:
1) Financiamentos
– Tomar um cuidado principal neste item, pois o financiamento que compreende
empréstimos de dinheiro compra de eletrodoméstico, automóveis, casa de forma
parcelada, enfim, tudo que adquirido com promessa de pagamento a prazo, é o
grande vilão das finanças das famílias brasileiras. Existem famílias que têm 80%
de seus ganhos comprometidos com parcelas e financiamentos de alguma forma, 90%
das famílias têm algum tipo de financiamento. O grande mal, é que muitos para
se conformarem com as dificuldades posteriores a um financiamento, afirmam que “se não for dessa forma não se consegue
nada”, o que é um engano, existem formas ordenadas de se adquirir o mesmo bem.
2) Gastar
para receber - O segundo fator preponderante ao financiamento é a aquisição
de bem para pagamento posterior, o famoso “fiado”. O comprometimento do
pagamento antes de recebê-lo, é sem dúvida uma grande ilusão, pois em um
primeiro momento lhe traz a satisfação da aquisição do bem, mas sempre vem
acompanhado de uma incerteza de efetivo pagamento no recebimento do salário.
3) Cuidado
com as oportunidades de endividamento – Cuidado nas ofertas! As empresas
lançam perfeitas iscas para atrair o consumidor, e quando se pensa que um
grande negocio foi efetivado, na verdade se descobre que uma nova divida foi
contraída. Ninguém faz milagres, ou trabalha de graça, todos querem auferir um
lucro em cima de você.
O que se deve fazer:
1).
Equacionar as necessidades – Todos nós somos dotados de desejos e
necessidades, mas temos que ter a noção de não colocar as necessidades acima do
retrato financeiro. Uma necessidade suprida de forma inconsequente pode se
transformar em um problema no futuro. Nunca uma necessidade deve ser suprida
sem recurso para ser cumprida.
2).
Anotar todas as dívidas do mês – Este é o controle financeiro, fazer
anotações de quanto receber e o que se deve pagar, é importantíssimo. Saber
onde esta sendo direcionado seu recurso é saber como anda sua saúde financeira.
3)
Evitar Comprometer o salário com financiamento – O
financiamento não deve superar a margem de 15% dos rendimentos de uma família.
Financiamento controlado é satisfação de orçamento elaborado.
4) Receber
para gastar – Começar a abolir as contas ou os mecanismos de gastos
“fiados” cheques pré-datados, catálogos de formas diversas, contas em padarias,
lanchonetes, lojas de roupas etc. Receba para comprar, tenha a satisfação e a
segurança de comprar e pagar. Assim os descontos são maiores.
A
satisfação tem que vir acompanhada com a segurança e não com a incerteza de um
dia indefinido e impreciso. Lembre-se: suas contas, quem deve controlar é você
e não os outros.
Administrador Eduardo Ayres
Delamonica
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